Qualquer Gato Vira-Lata
junho 21, 2011 at 10:50 pm 16 comentários
A comédia “Qualquer Gato Vira-Lata”, dos diretores Tomas Portella e Daniela de Carlo, se apoia no conflito mais clichê de todos os tempos: as diferenças entre os homens e as mulheres, especialmente a forma divergente com que os sexos opostos encaram as relações amorosas, na maior parte do tempo. O roteiro do longa, o qual adapta uma peça teatral escrita por Juca de Oliveira, também é bastante clichê e não apresenta nada que a gente não tenha visto antes.
Neste sentido, é quase como se “Qualquer Gato Vira-Lata” fosse uma versão nacional de uma história como a vista em “A Verdade Nua e Crua”, filme dirigido por Robert Luketic, na medida em que temos um homem ajudando uma mulher a conquistar alguém (no caso do filme nacional, a personagem de Cleo Pires quer ganhar de volta seu ex-namorado canalha), mas que acaba se apaixonando por ela e vice-versa, sendo que com a seguinte diferença: o professor Conrado (Malvino Salvador) não é tão cafajeste quanto Mike Chadway (Gerard Butler) e Tatiana (Cleo Pires) não é tão arrogante e feminista quanto Abby Richter (Katherine Heigl).
Os diretores Tomas Portella e Daniela de Carlo foram muito felizes em vários aspectos de “Qualquer Gato Vira-Lata”, como na trilha sonora com músicas do casal Marcelo Camelo e Mallu Magalhães. Entretanto, o principal acerto deles foi na escalação do trio de atores central. Malvino Salvador, Cleo Pires e Dudu Azevedo podem não ser os mais talentosos, mas se encaixaram perfeitamente com os personagens que acabaram interpretando. O destaque aqui vai todo para Cleo Pires, revelando ser uma atriz de perfeito timing cômico, e para Malvino Salvador, que está muito confortável na pele de um cara que foge muito do seu estereótipo de galã.
O que chega a ser mais surpreendente num filme como “Qualquer Gato Vira-Lata”, no entanto, é como uma obra tão clichê acaba conquistando tanto a gente. A questão principal aqui acaba sendo que o longa envolve a gente na trama desde as suas primeiras cenas porque tem motivações comuns, conflitos reais (com os quais a maioria das pessoas pode acabar se identificando), além de mexer com a vontade que todos temos de encontrar um grande amor, um amor de verdade, que nos complete e faça bem, principalmente.
Cotação: 8,5
Qualquer Gato Vira-Lata (2011)
Direção: Tomas Portella e Daniela de Carlo
Roteiro: Claudia Levay e Julia Spadaccini (com base na peça de Juca de Oliveira)
Elenco: Dudu Azevedo, Cleo Pires, Malvino Salvador, Rita Guedes
Entry filed under: Cinema.
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1. Alan Raspante | junho 21, 2011 às 11:37 pm
A crítica mais positiva que eu li a respeito do filme… Fiquei curioso, gosto de comédias nacionais e esta, parece ser uma delícia 😀
2. Kamila | junho 21, 2011 às 11:53 pm
Raspante, além de ser uma delícia, esse filme é super divertido!!
3. Victor Nassar | junho 22, 2011 às 2:36 am
Surpreendente é a palavra! Eu iria passar longe desse, mas depois da crítica aqui, já olho com menos preconceito. Sempre surgem esses filmes que apesar de historinha clichê, acaba divertindo e valendo a pena!
4. Amanda Aouad | junho 22, 2011 às 3:52 am
É, Kamila, a trama principal com Malvino Salvador, eu achei interessante, melhorou sensivelmente o filme que começou bem fraco em minha opinião. Os personagens de Dudu Azevedo e o amigo, são clichês demais, babacas demais, me irritou. Mas, concordo que o filme acaba nos cativando a partir de certo ponto.
5. Paulo Ricardo | junho 22, 2011 às 5:05 am
Confesso que fiquei surpreso com a critica.A trilha com musicas de Marcelo Camelo e Mallu Magalhães(o casal mais simpatico do show bizz nacional)me animou.Mas só vou conferir em DVD.Bjs.
6. Kamila | junho 22, 2011 às 11:09 pm
Victor, o filme é totalmente bobo, mas conquista a gente, essa é a verdade.
Amanda, concordo que o filme começa fraco e melhora com a entrada do Malvino Salvador. O Dudu e o amigo dele são totalmente clichês mesmo, mas acaba não comprometendo, na minha opinião.
Paulo, gostei do “casal mais simpático do show bizz nacional”. Eu concordo! 🙂 Beijos!
7. Flávio | junho 22, 2011 às 12:32 pm
Oi Kamila. Não tendo a péssima da Luana Piovani , que tem sido muito requesitada pelo cinema nos últimos tempos, envolvida – torna qualquer produção nacional assistível, rs.
8. cleber eldridge | junho 22, 2011 às 2:34 pm
Sem pressa eu assisto esse quando chegar as locadoras.
9. Kamila | junho 22, 2011 às 11:10 pm
Flávio, ela não tá nesse filme aqui! Então, fica tranquilo! rsrsrsrs
Cleber, perfeito!
10. Cristiano Contreiras | junho 24, 2011 às 1:13 pm
Eu quero conferir, mas confesso que detesto Cleo Pires, ela é péssima atriz e deveria ter aulas particulares com sua mamãe, rs!
Beijo
11. Kamila | junho 24, 2011 às 10:33 pm
Cristiano, como eu disse, os três atores principais podem não ser os mais talentosos, mas estão muito bem aqui! 🙂 rsrsrs Beijos!
12. Larissa | julho 3, 2011 às 2:51 am
Realmente o filme é muito bom e engraçado!!!
Assiti 3 vezes no cinema (valeu muito a pena)… Quem ainda puder ver vá em frente, não vai se arrepender.
13. Kamila | julho 3, 2011 às 1:52 pm
Larissa, eu também achei o filme bem engraçado!
14. vidal da mota | julho 24, 2011 às 12:58 am
acho que o personagem amigo do dudu salva o filme. o personagem é uma figura por mais clichê que seja.
15. Kamila | julho 24, 2011 às 8:44 pm
Vidal, discordo de você, exatamente pelo motivo que você citou em seu comentário: o núcleo do personagem do Dudu Azevedo é totalmente clichê.
16. Bárbara Pinheiro | fevereiro 14, 2012 às 1:34 am
Eu não gostei , achei que ficou clichê DEMAIS, hollywoodiano ao extremo.Lembrou muito a história central de Ele Não Está Tão Afim de Você, mas achei bem superficial. A trilha sonora e o próprio clima do filme é gostoso,mas o final foi forçado demais pra mim!rs