Trama Internacional

agosto 10, 2009 at 11:33 pm 24 comentários

O roteiro do thriller “Trama Internacional”, filme do diretor alemão Tom Tykwer, segue a seguinte premissa: num mundo globalizado, a rota do crime organizado está totalmente espalhada por diversos países. No caso particular do longa, temos um banco de Luxemburgo, cuja sede está em localizada em Nova York, e que acaba tirando grande parte de seus recursos da venda de mísseis para países cuja situação política é altamente instável. 

Investigando este caso temos o agente da Interpol Louis Salinger (Clive Owen) e a promotora pública Ella Whitman (Naomi Watts). Os dois, no maior espírito Bob Woodward e Carl Bernstein (de “Todos os Homens do Presidente”), seguem uma rota de dinheiro que não está somente em Nova York, como também em vários países da Europa (a ação do filme se desloca para cidades como Berlim, Lyon, Milão e Istanbul) com o único objetivo de colocar na cadeia os donos do banco. A questão é que, ao seguirem este rastro e as pistas da investigação, Louis e Ella se colocam em um grande perigo, ficando expostos a assassinos contratados especialmente para protegerem os interesses da instituição financeira. 

Um ponto importante de “Trama Internacional” é que a importância da investigação feita por Louis e Ella nos é apresentada através do que ela representa para os dois personagens. Ambos estão nesse caso movidos por um grande senso de justiça, entretanto a motivação deles é totalmente diferente. Louis tem toda uma história com a investigação do banco e está naquele ponto em que ele tem que conseguir a justiça dele de qualquer forma; enquanto Ella vê a situação como uma maneira de, talvez, ascender profissionalmente e de conquistar o respeito de seus chefes (apesar de ela enfrentá-los bastante por causa da investigação no decorrer do filme). 

Na sua execução, “Trama Internacional” é um filme que bebe nas fontes da trilogia de Jason Bourne e de “Conduta de Risco”. O diretor Tom Tykwer imprime um ritmo ágil à sua narrativa, porém o longa, apesar de ter uma história pra lá de interessante, nunca consegue envolver o espectador de forma plena. Os melhores momentos de “Trama Internacional” acabam aparecendo de forma isolada, como o enfrentamento no Museu Guggenheim e a cena final – que, quando termina, acaba deixando a gente com aquela sensação desconfortável de “mas, já?”. 

Cotação: 6,0 

Trama Internacional (The International, 2009)
Diretor: Tom Tykwer
Roteiro: Eric Warren Singer
Elenco: Clive Owen, Naomi Watts, Armin Mueller-Stahl, Ulrich Thomsen, Brian F. O’Byrne

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24 Comentários Add your own

  • 1. Bruno Soares  |  agosto 11, 2009 às 12:05 am

    Me parece ruinzinho… Mas as influencias de Michael Clayton e Jason Bourne me animam. E, convenhamos, tem coisa muito pior que a sensação de “mas, já”, né? Acabei de sair de uma sessão de G.I. JOE e a única coisa que consegui pensar quando acabou foi “Deus é pai”. hehe

    Abrazos!

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    • 2. Kamila  |  agosto 11, 2009 às 1:51 am

      Bruno, é um filme somente mediano. Eu não quis ver “G.I. Joe” justamente por causa disso. Não combino com o Stephen Sommers. Abraços!

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  • 3. Vulgo Dudu  |  agosto 11, 2009 às 3:08 am

    Pra mim, a única cena que salva é a do tiroteio no museu. De resto, é chato como a maioria dos filmes sobre espionagem internacional…

    Bjs!

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  • 4. altieresmachado  |  agosto 11, 2009 às 10:58 am

    Olá Kamila

    Ainda não vi, mas já tinha lido críticas mais positivas que a sua. QUERO CONFERIR.

    Bjos e até mais.

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  • 5. Rafael Moreira  |  agosto 11, 2009 às 6:54 pm

    Ainda não vi, mas a dupla Watts e Owen me interessa bastante. Mas sua cotação foi relativamente baixa e me desmotivou um pouco. Mesmo assim pretendo ver o quanto antes. Beijos.

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    • 6. Kamila  |  agosto 12, 2009 às 12:05 am

      Dudu, concordo. Beijos!

      Altieres, confira e tire a sua própria conclusão. Beijos e até mais!

      Rafael Moreira, eu gosto da dupla, mas esse filme é abaixo da média. Beijos!

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  • 7. Charles  |  agosto 11, 2009 às 7:12 pm

    Oi Kamila! Apesar do filme ter uma trama bem atraente, faltou aquele algo mais. Sei lá, achei a Naomi Watts meio apagada e aquela premissa de conflito ao estilo ” se eu morrer, aparecem outros quinhentos na fila” me pareceu um tanto simplista. Mas é um bom filme, no geral.

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  • 8. Pedro Tavares  |  agosto 11, 2009 às 7:57 pm

    Esse é um filme que eu tenho a obrigação de assistir. Perdi no cinema 😦

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  • 9. Vinícius P.  |  agosto 11, 2009 às 8:23 pm

    Pena que o filme não parece ser grande coisa mesmo, ainda que eu goste muito dos trabalhos anteriores do Tom Tykwer. De qualquer forma quero ver, parece ser interessante em alguns pontos.

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    • 10. Kamila  |  agosto 12, 2009 às 12:06 am

      Charles, concordo. Falta algo a esse filme, sim. A Naomi está apagada mesmo.

      Pedro Tavares, por quê você tem a obrigação de conferir este filme?

      Vinícius, eu também gosto do Tykwer e dos outros envolvidos no filme. Mas, a obra aqui é abaixo da média.

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  • 11. Luiz Henrique Oliveira  |  agosto 11, 2009 às 11:11 pm

    Eu não sei, não. Acho que o Clive Owen está se tornando muito “mais do mesmo”, fazendo sempre os mesmos papéis. Mas dá para arriscar ver o filme, pois pelo que li em seu texto, ainda tem passagens interessantes. Abraço.

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    • 12. Kamila  |  agosto 12, 2009 às 12:06 am

      Luiz Henrique, discordo de você em relaçã ao Clive Owen. Abraço!

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  • 13. Otavio Almeida  |  agosto 12, 2009 às 12:14 am

    Hmm… fraquinho, é? Ainda não vi. Mas farei isso nem que seja para manter a escrita de que vi tudo o que a Naomi Watts, minha maior musa, já fez.

    Bjs!

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    • 14. Kamila  |  agosto 12, 2009 às 12:25 am

      Otavio, fraquinho… E eu adoro a Naomi Watts também. Acho-a uma ótima atriz. Beijos!

      Responder
  • 15. Mayara Bastos  |  agosto 12, 2009 às 5:01 pm

    Olá, Kamila! tudo bem?

    O assunto do filme desperta-me um interesse grande, mas infelizmente parece ser mediano mesmo. Vale no DVD mesmo.

    Beijos! 😉

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  • 16. Ygor  |  agosto 12, 2009 às 5:05 pm

    Tinha visto cartazes e criticas dese filme mas naum tinha prestado atenção, agora que vi que é do Tom Tyker, e agora sim fiquei nteressado, gosto do muito do trabalho dele, Perfume e Corra Lola são demais adoro, a Naomi é uma boa presença tb, quero ver.

    Abraço!!!

    Responder
  • 17. Pedro Henrique  |  agosto 13, 2009 às 3:28 am

    Perdi esse no cinema, mas pego logo em dvd. Parece ser um bom filme, e que me atrai bastante.

    Abraço, Kamila!

    Responder
    • 18. Kamila  |  agosto 14, 2009 às 12:45 am

      Mayara, tudo bem, obrigada. E com você? Concordo. O filme vale no DVD. Beijos!

      Ygor, os dois que você cita em seu comentário poderiam ter rendido mais nesse filme em particular. Abraço!

      Pedro, é um filme somente mediano… Abraço!

      Responder
  • 19. Ramon  |  agosto 13, 2009 às 2:41 pm

    Ótimo post, só discordo com sua conclusão. Para mim a obra foi envolvente do início ao fim.
    Adorei!

    Abs!

    Responder
    • 20. Kamila  |  agosto 14, 2009 às 12:45 am

      Ramon, sem problemas. Aceito a discordância. 🙂 Abraços!

      Responder
  • 21. Wally  |  agosto 14, 2009 às 5:08 am

    Como você, gostei do filme mas reconheço que tenha seus defeitos. O roteiro, talvez, seje muito raso e técnico. Mas a direção é ótima e o elenco, idem.

    Nota 7,5

    Responder
  • 22. Dewonny  |  agosto 14, 2009 às 8:09 pm

    Eu já gostei muito mais desse filme do q vc, consegui me envolver com a história e personagens, gostei do roteiro, da direção e do elenco, e achei muito bom o final! Nota 7.5!
    Abs! Diego!

    Responder
  • 23. Mandy  |  agosto 15, 2009 às 2:40 am

    Hum, do Trailer eu não gostei…

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  • 24. WILLIS DE FARIA (Cinefilomaniacos)  |  setembro 11, 2009 às 3:58 am

    Tema-chave do filme: “bancos não controlam conflito, eles controlam dívida criada pelo conflito. Você controla a dívida, você controla tudo”. TRAMA INTERNACIONAL, um thriller de investigação em 6 países, que conta com a presença de Clive Owen (o agente da Interpol, Louis Salinger) e Naomi Watts (a promotora Eleanor Whitman) unindo forças para provar que um grande banco privado manipula as leis internacionais para controlar o comércio mundial de armas e os conflitos no terceiro mundo. Reúne sob a brilhante direção de Tom Tykwer por Eric Singer, que é baseada na vida real de corrupção no BCCI (Banco de Crédito e Comércio Internacional ), que se tornou o foco de intensa investigação por parte EUA. e de autoridades britânicas no início da década de 1990 por seu apoio ao terrorismo, tráfico de armas, a venda de tecnologias nucleares, entre outras atividades. O fictício Banco Internacional de Negócios e Crédito é uma global entidade com funcionários que são peritos em encobrir a sombra da organização. Quando necessário, o tribunal pode fazer para o IBBC registros, documentos policiais, e mesmo as pessoas desaparecem. A sua riqueza criada leva o banco a lavagem dinheiro para grupos terroristas e crime organizado. Agora é a licitação para mediar um grande negócio de armas com a China, que fornecem armas ao Oriente Médio a facções militares. O filme é um digno thriller sobre um homem que quer destruir uma organização empresarial do crime organizado que financia terror. Mas, com toda a violência que tem e da atual crise econômica assola o mundo, esta é uma crítica que você não ficará surpreendido. É uma bravura, filmado e editado soberbamente sua seqüência, um filme clássico instantâneo. Uma lição que parece sugerir: é dinheiro que nem sempre é o objetivo, o mais importante é a contração de dívidas. Nota: 8,0

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Kamila tem 29 anos, é cinéfila, leitora voraz, escuta muita música e é vidrada em seriados de TV, além de shows de premiações.

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